A Casa do Resgate Solidário vai funcionar como importante meio de prevenção da criminalidade, segundo manifestação do promotor de Infância e Juventude Paulo Gilberto Vieira, ontem(02), na Prefeitura, durante o ato de lançamento desta instituição.
  A iniciativa mereceu igualmente agradecimentos da presidente do Comdica (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Elizabete Oliveira e do representante do Conselho Tutelar, Ariovaldo Ortiz, assim como os cumprimentos do vereador Adelar Baier, representante do Legislativo na solenidade. Falaram em nome da Administração Municipal: os secretários Luiz Augusto Facchini, da Saúde, e Márcia Rodrigues, de Direitos Humanos, e o prefeito Fernando Marroni, no encerramento da reunião. A assessoria técnica da SMDHCAS (Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Cidadania e Assistência Social) fez a exposição da justificativa de criação da casa.
  Em seu discurso, Marroni reconheceu a possível necessidade de ampliar a capacidade de acolhimento da casa, mas relatou as dificuldades enfrentadas pelo poder público para a adoção dessa medida. Segundo ele, as despesas são muito altas na proteção dos menores, citando como exemplo o caso da Merenda Escolar, no qual o Governo Federal repassa para Pelotas o equivalente a 0,06 centavos por merenda, enquanto a Prefeitura fornece cinco refeições por dia aos estudantes e familiares. Marroni acentua, entretanto, sua expectativa de que a Casa do Resgate Solidário seja um agente de integração de todos os setores da comunidade, e também um instrumento de prevenção da criminalidade.
  Segundo Paulo Gilberto Vieira, se não houver medidas preventivas, os menores e adolescentes com os quais o Comdica e o Conselho Tutelar lidam no presente, serão os criminosos de amanhã. O promotor encerrou “trazendo a solidariedade do Ministério Público à criação da Casa do Resgate” e afirmando que neste tipo de medida está a solução, garantindo que o dinheiro público investido na instituição tem retorno garantido, através da reintegração social de meninos envolvidos com drogas.
  A Casa do Resgate Solidário, cuja localização não pode ser publicada, em proteção aos menores, tem o objetivo de acolher, cuidar e atender meninos e adolescentes drogaditos e será administrada pelas secretarias de Direitos Humanos, Cidadania e Assistência Social (SMDHCAS) e de Saúde e Bem Estar (SMSBE).
  A nova instituição terá capacidade inicial de atendimento para doze meninos vítimas de drogas. Seu encaminhamento poderá se dar tanto através do Juizado e da Promotoria de Infância e Juventude e Conselho Tutelar quanto por iniciativa da SMDHCAS, que já possui, na Casa de Passagem, um cadastro dos meninos de rua, contingente onde se registra a maior incidência de drogadição.
  Os meninos acolhidos vão receber acompanhamento de médicos e psicólogos designados pela SMSBE e de assistentes e educadores sociais e pedagogos da SMDHCAS. Terão igualmente abrigo, alimentação, banho e atividades diárias programadas como Educação Física e oficinas educacionais.