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Diversão e instrução no Museu da Baronesa

Por Divulgação 25-02-2002 | 00:00:00

   A exposição Foi no Carnaval que Passou, promovida pela Prefeitura através da Secretaria de Cultura (Secult), já ultrapassou o número de 500 visitantes. Aberta na primeira semana de fevereiro, a mostra, que vai até dia 31 de março, no Museu da Baronesa, expõe grande acervo de outros caranavais, esta festa de rua que fez história em mais de um século no Brasil.
   Dia (24) e nos próximos três domingos (03, 10 e 17 de março) participarão animadores da Oficina Permanente de Atividades Circences, com pierrôs e colombinas coordenados pelo ator João Bachili. Durante as visitas guias especializados informam e instruem sobre a história dos carnavais e o acervo exposto.
   O acervo da exposição conta com objetos usados nos carnavais do século XX, misturando relíquias dos anos 20 aos trajes modernos das Rainhas pós anos 80. Durante o tempo todo em que o visitante passeia pela Salão Dona Sinhá podem ser ouvidas marchinhas antigas como Bandeira Branca. Objetos usados nos carnavais de antigamente, partituras, estandartes e fotografias montam um roteiro que resgata, diante dos olhos curiosos de quem passa, a festa de rua que projetou Pelotas como o terceiro melhor carnaval do país.
   Esta viagem aos tempos em que se pulava carnaval e se jogava água nos amigos em plena XV de Novembro, só por diversão, enfoca pontos chave, como o baile do redondo e os primórdios dos blocos burlescos mais tradicionais do município. Os blocos burlescos surgiram em meados da década de 30, compostos por mascarados e homens vestidos de mulher. Girafa da Cerquinha, Bruxa da Várzea e Bafo de Onça faziam parte destas fanfarras.
   Os clubes Diamantinos e Brilhante realizavam desfiles, no início do século XX, com carros alegóricos pelas principais ruas da cidade. Pelas ruas também brincavam integrantes dos clubes Chove Não Molha, Fica Aí Pra Ir Dizendo, Quem Ri de Nós Tem Paixão e Roxinhas Por Nós Estão Elas. Neste espírito de brincadeira e de catarse das tensões do resto do ano havia cerca de 66 entidades carnavalescas pelotenses. Delas surgiram bandas musicais destacadas até hoje, como a Sociedade Musical União Democrata. Detalhes destes anos memoráveis também fazem parte da exposição, como os clarins usados na abertura dos bailes do Diamantinos e do Brilhante.
   Contam que Zilda Maciel, neta da Brasonesa, que foi Rainha do Clube Diamantinos de 1917, vinha desfilando em seu carro pelas ruas de Pelotas quando o bloco encontrou-se com o do Clube Brilhante. Rivais legendários, os dois clubes não poderiam se encontrar que a confusão seria certa, principalmente nesta situação, onde um trancava o desfile do outro. Zilda, no alto de sua majestade popular e aristocrática, desceu do carro e convidou Dora Sattanini, Rainha do Brilhante, a desfilar junto com ela, fazendo assim um desfile unido e pacífico, marcado pela alegria e confraternização. Para unir o antigo e o moderno, está exposta fantasia usada pela rainha do Diamantinos de 1999/2000, Aline Menegon, cujo nome é "Homenagem à Zilda Maciel". A fantasia é uma releitura de Pompilho da roupa usada por Zilda em 1917.
   "O objetivo maior de divulgar estes documentos e objetos é o resgate da história pelotense como um todo e do espírito do carnaval da cidade em particular, já que esta é A Mais Popular Festa de Rua do Sul", afirma a coordenadora do Museu da Baronesa, Carla Gastaud.
   O Museu da Baronesa fica aberto, de terça à sexta-feira, das 13 às 18h, aos sábados das 14 às 18 e aos domingos das 10 às 18h. Para visitas com grupos maiores é necessário fazer o agendamento no Museu ou pelo telefone 228-4606. Aos domingos, no Parque da Baronesa, segue a promoção permanente da Secult, Manhã Zen, com aulas e práticas abertas de Tai Chi Chuan, a partir das 9h30.

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