Cigam chega ao polo com 84 funcionários para atuar no desenvolvimento de produtos
31-07-2018 | 17:02:24
O Pelotas Parque Tecnológico encerra o mês de julho com uma grande aquisição: a instalação da nova sede física da Cigam Gestor, empresa fundada na cidade em 2006 pelo empresário Gustavo Marques Dias, com foco no desenvolvimento de softwares para o varejo. Ao lado da Vetorial Internet, Freedom, Topway, Melhor Envio e Outdabox, integra o grupo de instituições consolidadas do polo.
Em um espaço que ocupa três modernas salas, com divisórias de vidro e equipamentos de última geração, a Cigam possui 84 funcionários, divididos nos setores de suporte ao cliente, análise e desenvolvimento de produto, implantação de softwares, financeiro e comercial. Tendo em vista a expansão dos negócios, a empresa espera contratar outras 116 pessoas em pouco tempo.
A Gestor SA foi a primeira empresa criada por Dias voltada ao desenvolvimento de sistemas para o varejo, com foco no ramo de franquias e lojas multimarcas. Por se tratar de algo inovador, despertou o interesse da Cigam Software de Gestão - com mais de 30 anos de atuação em Novo Hamburgo -, que comprou parte da companhia e a transformou na Unidade de Varejo, com o nome de Cigam Gestor.
“Recebemos no negócio itens que não tínhamos acesso, como os dedicados à indústria. Foi o casamento perfeito. Funcionou perfeitamente”, afirmou o diretor executivo.
Na antiga sede, na rua Félix da Cunha, o negócio conquistou uma boa cartela de clientes, que não se enquadrava mais no pequeno espaço. Em 2017, as tratativas com o Pelotas Parque Tecnológico começaram, após convite do secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti), Fernando Estima, para que conhecessem a estrutura de mais de 5 mil metros quadrados localizada na avenida Domingos José de Almeida. Foram cerca de seis meses de espera até que o novo espaço da Cigam Gestor ficasse pronto. A mudança para o novo endereço começou no dia 16 deste mês.
Diferentemente das empresas iniciantes, que ingressam no Parque por meio de projetos compatíveis com uma das áreas trabalhadas no local - Indústria Criativa, Tecnologia da Informação e Saúde -, as consolidadas são aquelas que já possuem histórico no mercado e têm seus produtos reconhecidos. O principal objetivo para sua instalação está na troca de experiências que a oportunidade pode gerar.
Além da Cigam, outras marcas âncoras que também operam com o desenvolvimento de novos produtos deverão se instalar no local em breve. São elas: a Vetorial, que atua com tecnologias de fibra ótica, e a Freedom, reconhecida pela fabricação de veículos elétricos e cadeiras de roda.
Completam o grupo de empresas consolidadas, instaladas no espaço, a escola de inglês Topway, a Outdabox, que desenvolve sistemas de realidade aumentada e 3D, a Melhor Envio, que oferece plataforma de logística para pequenos empresários, a 4all, que trabalha com tecnologias digitais, e a Reverso Comunicação Integrada, que presta assessoria ao Parque e às empresas do local.
A ocupação do Parque começou em 2017. Na primeira seleção de projetos, 12 startups – empresas iniciantes voltadas para a inovação – foram escolhidas por uma banca formada por representantes de diversas instituições que avaliaram as propostas.
“Os melhores projetos receberam o direito de se instalar no local”, destacou a diretora executiva do Parque, Rosâni Ribeiro.
Os projetos das startups, empresas aceleradas, têm até cinco anos para permanecer em incubação. Nesse período, podem contar com a estrutura e as facilidades que o polo de tecnologia oferece. Atingido o tempo limite, desligam-se da instituição e seguem o caminho com as responsabilidades e a autonomia de uma consolidada. Integram o grupo de startups as plataformas: O Meu Emprego e O Agro, além das marcas Clube Manager, Magen, Otium, Partamon, Plugzone e Topcam.
Rosâni esclarece que há projetos para expandir o Parque Tecnológico aos bairros. O objetivo é oferecer estrutura para as empresas recém-saídas da incubação. A projeção é de que a ideia seja implementada em até 2 anos.
O Parque abriga, ainda, dois Arranjos Produtivos Locais (APL) nas áreas de alimentos e saúde, além das incubadoras das Universidades Federal de Pelotas (UFPel) e Católica de Pelotas (UCPel), respectivamente, Conectar e Ciemsul. O polo de tecnologia também é a sede do Sindicato das Empresas de TI do Rio Grande do Sul (Seprorgs), da Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti) e da Companhia de Informática de Pelotas (Coinpel).