A exposição traz a história de 11 mulheres vítimas de feminicídio
Por Jean Pierre Knepper - MTb/RS 20832 15-05-2025 | 17:22:23
Começou oficialmente, nesta quinta-feira (15), a exposição Arrancada de Nós, Histórias Que Precisam Ser Contadas, uma iniciativa da deputada estadual Stela Farias (PT). O projeto percorrerá seis municípios previamente cadastrados. Em Pelotas, a sede da Secretaria de Cultura (Secult) recebeu a exposição.
A exposição traz a história de 11 mulheres vítimas de feminicídio, uma delas Leandra Vitória Franco Rossales da Silva, 25 anos, assassinada com tiro de arma de fogo no dia de seu aniversário em 2023, em Pelotas. A vítima foi morta pelo namorado, Lucas Loi Potenza.
O Rio Grande do Sul ocupa a quinta posição entre os Estados que registram o maior número de feminicídios. No ano de 2024, foram oficialmente 72 casos. Já em Pelotas, foram três casos consumados, sete tentativas, 866 ameaças, 53 estupros e 654 lesões corporais. Em abril de 2025, no RS, foram registrados 3977 casos – entre feminicídio tentado (15), feminicídio consumado (11), ameaça (2471), estupro (146) e lesão corporal (1334).
A deputada estadual Stela Farias (PT), autora do projeto, iniciou sua fala agradecendo às famílias das mulheres e meninas vítimas do trágico crime de feminicídio, por compartilharem suas histórias de vida.
“Prevenir o feminicídio não é utopia. É possível através de uma política possível, comprovadamente eficaz, que já foi aplicada aqui mesmo, no Rio Grande do Sul entre 2011 e 2015 quando funcionou a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres”, conclui Stela.
Pelotas, criou neste governo, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, que tem um papel fundamental em ações educativas de prevenção à violência contra a mulher e, a exposição, é mais uma forma de alerta.
“A Secretaria de Políticas para as Mulheres tem tentado, nesse pequeno espaço de tempo, fazer esse enfrentamento. E nós não estamos fazendo esse enfrentamento de forma solidária. Estamos fazendo esse enfrentamento buscando o diálogo primeiro. A gente não precisa, para agir, esperar que tenha o último fato da violência contra a mulher, que é o feminicídio. A gente deve agir antes”, destaca Marielda Medeiros, secretária de Políticas para as Mulheres de Pelotas.
A secretária de Governo, Miriam Marroni, destaca que a educação é o caminho para mudar a cultura machista que está instalada na sociedade.
“A educação é o principal caminho para mudarmos a cultura machista da sociedade. E isso, precisa começar nas nossas escolas. No nosso governo daremos toda atenção a esse tema, nas escolas, nas Delegacias em todos os lugares que for necessário”, afirma Miriam.
Estiveram presentes no ato, as secretárias de Administração e Recursos Humanos, Carla Cassais, de Cultura, Carmem Vera Roig, a diretora-presidente da Coinpel, Marlise Sinigaglia, os vereadores Fernanda Miranda (Psol) e Ronaldo Quadrado (PT), e demais representantes de instituições públicas e entidades de classe.