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Faltam dez dias para o fim da campanha de vacinação da gripe

Pouco mais de 51,3% do público-alvo da campanha foi atingido em Pelotas. Prefeitura reforça importância da imunização

21-05-2019 | 12:46:55

Faltando dez dias para o fim da campanha de vacinação contra a gripe em Pelotas – que vai até dia 31 de maio –, apenas 64.477 doses foram aplicadas na cidade, pouco mais de 51,3% da meta estipulada para o município. Por aqui, o objetivo é atingir 95% de cobertura vacinal, o que representa 119.325 usuários de um total de 125.606 pessoas. 

Pessoas com mais de 60 anos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde, professores, gestantes, crianças de 6 meses até 6 anos incompletos e demais usuários incluídos no público-alvo da vacinação podem procurar uma das UBSs do município ou o Centro de Especialidades (na rua Voluntários da Pátria, 1428) para receber a dose. 

No município, trabalhadores da saúde, crianças e doentes crônicos estão dentre os usuários com menor procura, o que preocupa a Secretaria de Saúde (SMS). O Estado já confirmou a morte de três pessoas – dois idosos e um bebê de 11 meses – em decorrência de complicações da gripe. Nenhuma delas havia sido imunizada.

“É importante deixar claro que a vacina contra a influenza é composta de vírus inativado e é muito segura. Não deixem de se vacinar, pois ela reduz complicações mais graves da doença”, pede a chefe da Vigilância Epidemiológica da SMS, Ana Alice Maciel.

Entenda

A escolha dos grupos para vacinação segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e é baseada em estudos epidemiológicos, e no comportamento das infecções respiratórias. Assim, são priorizadas as populações com maior chance de complicações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem o medicamento.  

Todos os anos, a composição dos imunizantes é atualizada devido às mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que esse ano a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.  

Atualização  

A campanha desse ano vai até o dia 31 de maio. Os profissionais responsáveis pela vacinação estão aproveitando a oportunidade para verificar e recomendar a atualização, se necessário, da Caderneta de Vacinação de crianças e gestantes. A estratégia visa resgatar os não vacinados e aumentar a cobertura vacinal em ambos os públicos, que têm caído progressivamente.   

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Crianças de 6 meses a menor de 6 anos

Público-alvo: 21.141 | Vacinados: 9.433

Trabalhadores da Saúde  

Público-Alvo: 18.920 | Vacinados: 6.609

Gestantes

Público-alvo: 3.194 | Vacinados: 1.660

Puérperas  

Público-alvo: 525 | Vacinados: 374

Indígenas  

Público-alvo: 72 | Vacinados: 83

Idosos

Público-alvo: 49.940 | Vacinados: 29.427

Comorbidades  

Público-alvo: 29.254 | Vacinados: 12.317

Professores  

Público-alvo: 2.560 | Vacinados: 1.885

Demais públicos*

Público-alvo: -- | Vacinados: 2.689

*Policiais, funcionários do sistema prisional e apenados

Mitos e verdades*

- Posso pegar gripe após tomar a vacina?

Não. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina da gripe é feita com o vírus morto. Ou seja, não há a possibilidade dele atacar o organismo. O que normalmente acontece é que, como a vacina da gripe é aplicada durante o outono e inverno - período de maior circulação do vírus causador - é também comum que outros tipos de vírus, que não os que constam na vacina, causem a doença.

Com isso, tem-se a impressão de que foi o imunizante que levou aos sintomas, mas, na verdade, foi outro tipo de infecção. Um outro ponto é que a vacina contra a gripe, além se ser produzida por um vírus inativado, é dividida em subunidades. Ou seja, na verdade, a vacina não possui o vírus inteiro, mas sim pequenas partículas do patógeno 100% inativas. 

- A vacina está disponível gratuitamente para todos?

Não. Na rede pública, a vacina está disponível somente para pessoas em situação de maior vulnerabilidade. São elas:

*Crianças de 6 meses a 6 anos incompletos; 

*Gestantes e puérperas (mães que deram à luz há menos de 45 dias);

*Idosos;

*Profissionais de saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade.

*Portadores de doenças crônicas (HIV, por exemplo) que fazem acompanhamento pelo SUS também têm direito à vacinação gratuita; aqueles que não têm cadastro, devem apresentar prescrição médica para acesso ao imunizante.

- É preciso tomar a vacina todos os anos?

Sim. Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque a imunidade da vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses. Segundo, porque a cada ano há vírus diferentes, que causam diferentes tipos de gripe, e a vacina é produzida a partir dos vírus que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação.

- Gripe e resfriado são doenças diferentes?

Sim. Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. Já o resfriado é mais brando e dura menos tempo. 

*Fonte: Ministério da Saúde

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saúde, vacinação, gripe h1n1, campanha, prevenção, sms

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