Por Divulgação 22-04-2002 | 00:00:00
    Afirmando que a moradia é a base de sustentação da família, portanto um problema social e político que afeta o conjunto da sociedade, o diretor do Centro de Formação da Federação Uruguaia de Cooperativas de Vivências por Ajuda Mútua, Javier Vidal, palestrou na noite da última sexta-feira(18) no segundo encontro do Fórum Municipal de Habitação realizado pela Prefeitura Municipal. Javier substituiu Gustavo Gonzales, secretário geral da Fundação que não pode comparecer ao encontro realizado no salão nobre.    Tendo como tema cooperativismo habitacional, o encontro integra o cronograma, mensal, de debates promovido pela Secretaria Municipal de Habitação e Cooperativismo com o objetivo de realizar no final deste ano a Conferência Municipal para traçar as políticas habitacionais para o município. Segundo o secretário Paulo Oppa Ribeiro, 50% da população vive em áreas clandestinas, em situação de risco, próximo a canais sem água ou energia elétrica.    "A Secretaria dispõe-se a fomentar o cooperativismo habitacional, entendendo, também, que é necessário romper com o paternalismo estatal e a cooptação política, levando para a comunidade a discussão de como a parceria entre o poder municipal e os movimentos sociais será benéfica para o crescimento e desenvolvimento social", argumenta Oppa Ribeiro. A Federação é um exemplo de organização consolidada para a América Latina, tendo repercussão em países da Ásia e Europa, e teve como base o movimento de famílias que, em 1966, buscavam alternativas para construção da casa própria através do sistema de mutirão.    Em 1968, por pressão da população, foi promulgada uma lei determinando a criação de um fundo nacional de habitação, formado pela contribuição de 1% dos salários de todos os trabalhadores. A lei , ainda em vigor, embora abandonada durante o regime militar, também disciplina mecanismo administrativos e organizacionais para que a população possa adquiri a habitação. Por este sistema, o que obteve maior sucesso foram as cooperativas, que podem ser de ajuda mútua ou de poupança prévia.    Administrado por uma secretaria nacional, este sistema habitacional determina que todas as residências devem ter espaço suficiente para abrigar toda a família, com dependências de acordo com o número de famílias.