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Lobão, literatura e sucata ilustram a programação da 29ª Feira do Livro

Por Divulgação 12-11-2001 | 00:00:00

    Dentro da programação da XXIX Feira do Livro de Pelotas a Secretaria de Cultura (Secult) promove oficinas, palestras e diversas apresentações. O tema proposto, claro, é a literatura, com seus mais diversos links com outras artes. Hoje (13), Charles Kiefer e Hilda Simões Lopes ministram oficina de literatura, das 14 às 18h, na Biblioteca Pública. A coordenação da oficina é de Manoel Jesus, professor da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas. Charles Kiefer é secretário adjunto da Secretaria de Cultura do Estado e escritor, e Hilda Simões Lopes é socióloga e escritora pelotense. Kiefer autografará obra na praça Coronel Pedro Osório às 18h. No estande do SESC na Feira do Livro a Secretaria de Qualidade Ambiental realiza oficina pedagógica com sucata, às 14h. A sucata é uma forte tendência na arte do século XXI já que ajuda na preservação do meio ambiente e na reciclagem de materiais ora caros, ora não biodegradáveis, ora ambos. Às 21h tem mais um espetáculo do projeto Foco na Área, da Coordenadoria de Artes Cênicas e Música da Secult. Do grupo Teatro de Areia, "Estudo do Feminino nº 1: O Belo Indiferente". Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Sete de Abril (onde se realiza a apresentação) ao preço de R$ 2,00, com desconto de 50% para estudantes e aposentados.
    LOBÃO IRREVERENTE E CORROSIVO – Lobão se apresentou neste domingo no Teatro Sete de Abril só com violão e voz. Tocando músicas novas e mais antigas, homenageou amigos como Cazuza e ilustrou situação atual do país. Contundente em seus pequenos comentários entre cada música, criticou nomes conhecidos e várias vezes elogiou nosso pelotense ilustre, o músico, escritor e poeta Vitor Ramil. De maneiras simples e bastante honestas, Lobão conversa com a platéia enquanto toma um ou outro gole de vinho, mostrando, por vezes, uma euforia simpática. Com uma emparia criada instantaneamente com o público, o músico e poeta mostra carisma ao mesmo tempo que deixa correr um veio cáustico contra, inclusive, a indústria fonográfica brasileira. Desta ele falou em palestra, proferida na tarde de domingo, na Biblioteca Pública. Com discurso pró democracia da informação e do conhecimento, Lobão, um carioca atípico, toca no ponto fraco da mídia brasileira, questionando de maneira ferrenha as famosas propinas que os donos de gravadoras pagam para as rádios. O show de Lobão durou duas horas, e o público, pelo jeito, não queria mais que acabasse.

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