Por Divulgação 05-10-2001 | 00:00:00
O prefeito Fernando Marroni enviou ontem(4) a Câmara de Vereadores, o veto total ao projeto de lei que proíbe a instalação de catracas eletrônicas nos veículos do transporte coletivo em Pelotas. O Projeto possui vício de iniciativa e dele resultará lei inconstitucional, além de estabelecer normas que contrariam o interesse público. A população agora já está mais esclarecida sobre este assunto, diz o vice-prefeito e secretário de Governo, Mario Filho. A opinião geral sobre as melhorias que a licitação no transporte coletivo vai trazer ao usuário do sistema é bem diferente agora, diz. "Após várias reuniões na zona urbana e também na zona rural, onde a participação da população foi muito grande, podemos afirmar com segurança que esta opinião vai influir na decisão dos vereadores em manter o veto". A Zona Rural está bastante mobilizada, afirma Mário. A última reunião realizada na Santa Silvana contou com a presença de representantes de todos os distritos, onde foi esclarecido a importância da licitação e da catraca eletrónica, no processo de redução do preço da passagem na Zona Rural. O processo de licitação vai permitir uma tarifa única e o transporte integrado para os moradores dos bairros, da colônia e da Z-3; o controle efetivo dos custos e o cálculo de uma tarifa socialmente justa; a garantia de emprego e o aumento dos postos de trabalho para os rodoviários; e, um domingo por mês com passe livre para todos. A afirmação dos rodoviários de Pelotas de que a catraca eletrônica desemprega, não é verdadeira, argumenta Mário Filho. Dados da Prefeitura de Caxias do Sul indicam que antes da concorrência pública, em 1988, o numero de cobradores era de 380, passando para 436 cobradores em 2000 no inicio do contrato de concessão, e para 483 cobradores hoje(2001). "Acreditamos, que a comunidade pelotense agora conhecendo melhor a importância e os benefícios do modelo proposto pela Prefeitura para o transporte coletivo em Pelotas, irá sensibilizar os vereadores. O sistema atual só dá lucro para as empresas que, em sua maioria, prestam um serviço deficiente com ônibus superlotados, falta de linhas, carência de horários e passagens caras para quem mora longe". Explicando o processo, o secretário municipal de Transportes, Horácio de Oliveira coloca três momentos distintos após o processo de licitação. Já no primeiro dia após a implantação do novo sistema, somente poderão circular ônibus com menos de 10 anos. (hoje circulam em Pelotas 128 ônibus com mais de dez anos), terá inicio o transporte seletivo nos bairros, modificação de itinerários, tabelas, horários, a implantação do ônibus corujão, a venda unificada da passagem estudantil, e o domingo gratuito. Após o sexto mês, a implantação da catraca eletrônica, a unidade tarifária, fiscalização mais intensa no cumprimento de horários e superlotação; a Câmara de Compensação Tarifária, a extensão dos benefícios de idosos e deficientes também para zona rural. Com 12 meses, haverá a integração tarifária, e a renovação de frota de 12,5%.