Em janeiro, a Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (Smop), identificou diversos desafios e demandas emergenciais, como um acúmulo expressivo de tampinhas plásticas no pátio dos fundos da sua sede. A situação vinha comprometendo as condições sanitárias do local, com risco à saúde dos servidores e da vizinhança, devido à presença de insetos, roedores e focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. 

Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (Smop) identificou fatores que comprometiam as condições sanitárias do local em janeiro deste ano (Foto: Divulgação)

O cenário foi confirmado em fevereiro, durante vistoria da Vigilância Sanitária e de agentes de endemias. Na mesma época, o Ministério Público emitiu um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que exigia providências em diversas áreas da Secretaria, entre elas, a retirada imediata do material acumulado. 

Embora inicialmente não houvesse informações claras sobre a origem das tampinhas, a equipe apurou que o local vinha sendo utilizado, há anos, como ponto de armazenamento do projeto Vira Tampa - iniciativa que realiza a arrecadação de tampas plásticas para fins ambientais e de apoio à causa animal. O uso do espaço foi resultado de um acordo que a atual gestão desconhece os termos, sabe-se apenas que, na ocasião, a Prefeitura cedeu temporariamente a área para o armazenamento do material. A responsabilidade pelo cuidado e retirada das tampinhas, no entanto, era do próprio projeto, que deixou de recolher o conteúdo por mais de um ano, o que acabou agravando a situação sanitária no local. 

Por reconhecer a importância do projeto, a SMOP buscou contato direto com sua coordenação para comunicar a situação e buscar uma solução conjunta. Diante da necessidade de atender às determinações legais, eliminar os riscos sanitários, e reafirmar o compromisso da Prefeitura com a saúde da população e com a causa socioambiental e animal, foi realizada uma força-tarefa com apoio de servidores e mão de obra prisional. Em três dias de trabalho, três caminhões caçamba foram utilizados para remover todo o material do local. 

A retirada foi feita em comum acordo com a coordenadora do projeto Vira Tampa, que acompanhou toda a ação. O material foi transportado para o local indicado pela própria coordenação, com apoio logístico da SMOP, que disponibilizou os caminhões e colaborou também no carregamento das tampinhas.