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Prefeitura promove simulações e estudos de áreas de inundação em Pelotas

Com ferramenta desenvolvida por Inpe e Cemaden, oficina integra etapa de reuniões livres para a Conferência da Cidade

Por Roberto Ribeiro 05-05-2025 | 11:38:57

A Prefeitura promoveu nesta segunda-feira (5) para técnicos das secretarias, comunidade acadêmica e ambientalistas, o primeiro encontro da oficina de Hand (iniciais do inglês para Height, Above, Nearest, Drainage - Altura, Acima, Proximidade, Drenagem, em tradução livre). A atividade, que simula por meio da tecnologia áreas de inundação na área urbana e no entorno de Pelotas, foi realizada no auditório da Secretaria de Urbanismo (Seurb) e abriu a etapa de reuniões livres preparatórias para a Conferência da Cidade - marcada para os dias 27 e 28 de junho. 

“É uma oficina que oferece métodos avançados de análise espacial e topográfica para identificação de áreas baixas suscetíveis a inundações em Pelotas, que devem ser observadas com toda atenção para preservação do sistema natural de drenagem do município”, explicou o secretário de Urbanismo, Otávio Peres. De acordo com ele, a capacitação se insere em um conceito de soluções baseadas na natureza, e integra uma série de estudos e processos de revisão do Plano Diretor, em especial quanto às bases ambientais e de interesse natural do ambiente urbano.
O professor da Faculdade de Arquitetura (Faurb/UFPel), Maurício Polidori, faz a apresentação da oficina Hand, realizada no auditório da Seurb na tarde desta segunda-feira (5), em que, com apoio da tecnologia desenvolvida pelo Inpe e Cemaden, são simuladas áreas de inundação e é possível aprofundar o estudo das regiões mais suscetíveis a sofrerem com eventos climáticos de grande magnitude (Fotos: Roberto Ribeiro/Secom) 

Como funciona

A oficina recorre a uma ferramenta digital desenvolvida por equipes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para mapear com precisão áreas suscetíveis a inundações. Com informações sobre relevo natural, direção e acumulação do fluxo de água no terreno, além de mapas que indicam áreas potencialmente inundáveis, o modelo qualifica o planejamento urbano na direção da contenção de cheias e preservação socioambiental. 

Conforme o ministrante, Gabriel Delpino da Silveira, aluno do curso de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Faurb/UFPel), o Hand tem se mostrado uma ferramenta prática e eficiente. Estudos de validação aplicados nos municípios de Blumenau e Brusque (SC) apontam índice de precisão acima de 85% na previsão das áreas inundadas, especialmente para eventos de maior magnitude. Ele discorre sobre outra vantagem: “É compatível com diversos sistemas operacionais e pode ser integrado a softwares de geoprocessamento, facilitando a aplicação em estudos locais e regionais, mesmo em áreas com pouca disponibilidade de monitoramento hidrológico.”

Estão previstas outras duas atividades de aplicação do modelo Hand, marcadas para sexta-feira (9) e segunda (12), também na Seurb. Além da Prefeitura, a oficina é realizada pela UFPel, via Faurb, e Fórum de Defesa da Democracia Ambiental (Fdam).

Tags

Prevenção, Zeladoria, Áreas baixas, Preservação ambiental

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