Por Divulgação 05-03-2013 | 00:00:00
Sete (7) Escolas de Samba Mirins do grupo A passaram pela Passarela do Samba, no último domingo (3), em Pelotas. Os pequenos sambistas fizeram bonito e mostraram que têm todo o encanto das escolas de gente grande. Mas não basta fazer bonito só no Carnaval. Conversando com os presidentes das escolas e mestres de bateria, uma coisa chama a atenção: os pequenos devem mandar bem também na sala de aula, em casa e nos barracões. Nas Escolas de Samba Mirins trabalhos sociais são feitos durante grande parte do ano. Lá são oferecidos uma série de cursos e outros tipos de assistência às crianças e à comunidade. O que serve como incentivo para que os pequenos participem dos desfiles, mas também para que no futuro se tornem jovens talentosos e educados. Segundo o mestre de bateria da E.S.M. Mocidade do Simões, Adão Felix, a cada 15 dias durante todo o sábado a sede da escola recebe a criançada para oficinas de canto e bateria e quem vai mal no colégio não desfila. “Criamos uma relação de amizade com as crianças, mas precisamos exigir estudo e educação. Quem não se sai bem fora da sede, não entra na passarela”, contou. As demais escolas de samba mirins também costumam trabalhar esse lado social. Além disso, eventos como bingo, festa de dia das crianças, festa de Natal e Páscoa são comemorados nos barracões e com a arrecadação de verbas é feita a confecção das fantasias das crianças. Ou seja, na maioria das vezes as famílias não gastam dinheiro com roupas e acessórios para os desfiles. E uma surpresa: muitas das crianças ajudam nos barracões, recortando e enfeitando os carros alegóricos. “Todo trabalho é feito para que eles se sintam bem e felizes. Eles gostam de se envolver e ajudar na confecção das suas fantasias, por isso hoje todos os componentes mirins estão empolgados e cantando o samba-enredo”, diz Marcia Vara, carnavalesca da E.S.M. Águia de Ouro.