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Procon anuncia consulta sobre bronzeamento artificial

Por Divulgação 02-09-2009 | 00:00:00


Uma consulta pública foi aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o fim de debater as descobertas recentes de prejuízos à saúde causados pelo uso de câmaras de bronzeamento artificial. O anúncio é do Serviço de Educação ao Consumidor do Procon de Pelotas, órgão vinculado à prefeitura. Ao longo de um mês, divulga a chefe do departamento, Nóris Fonseca Finger, profissionais do setor, industriais e população em geral discutirão a proibição ou não da utilização estética, venda, locação, doação e importação dos equipamentos.

O endereço da página da Anvisa, em que se poderá acessar os links das consultas públicas desde 2000 e o formulário para envio de contribuições às edições deste ano, é www.anvisa.gov.br/DIVULGA/consulta/index.htm. Em julho deste ano, a International Agency for Research on Câncer (Iarc), dedicada à pesquisa e ao combate ao câncer e ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou as câmaras de bronzeamento na lista de fatores comprovadamente carcinogênicos.

No entanto, o impedimento que está sendo proposto pela Agência, adverte Nóris, não diz respeito aos aparelhos capazes de emitir radiação ultravioleta, destinados a tratamentos médicos. Exemplo de aplicação, conforme técnicos da Anvisa, é o uso das máquinas para busca da cura de patologias, como as dermatoses psoríase e vitiligo.

Há sete anos o governo federal instituiu, por meio da agência reguladora, uma resolução que veda a utilização por menores de 18 anos e determina intervalos mínimos entre as sessões de bronzeamento. No ano passado, foram registrados 126 mil casos de câncer de pele no País, o que exigiu investimentos da ordem de R$ 24 milhões do Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). O melanoma, tumor que assume cor escura em razão da proliferação de células ricas em melanina, é um dos tipos de maior letalidade.

Segundo informes da Anvisa, embora menos frequente – chegou a 6 mil casos no Brasil em 2008 –, a doença apresenta os maiores índices de mortalidade entre os tumores de pele.

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