Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as clínicas de estética estão proibidas, a partir de hoje (11), de utilizar qualquer equipamento de bronzeamento artificial. O aviso é da chefe do Serviço de Educação ao Consumidor do Procon de Pelotas, Nóris Fonseca Finger. O órgão, vinculado à Procuradoria Geral do Município (PGM), divulgou em setembro os riscos das câmaras na geração de câncer.

A Anvisa, relembra Nóris, submeteu a resolução à consulta pública para deliberar acerca da importação, da comercialização, do aluguel, da doação e do uso das máquinas. Embora a proibição para o fim estético, assinala a educadora, são permitidos os aparelhos de emissão de radiação ultravioleta destinados a terapias médicas, como cura de patologias, sobretudo dermatoses.

Em julho deste ano, a International Agency for Research on Câncer (Iarc), dedicada à pesquisa e ao combate ao câncer e ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou as câmaras de bronzeamento na lista de fatores comprovadamente carcinogênicos. Há sete anos o governo federal instituiu, por meio da agência reguladora, uma resolução que vedava a utilização por menores de 18 anos e determina intervalos mínimos entre as sessões de bronzeamento.

No ano passado, foram registrados 126 mil casos de câncer de pele no País, o que exigiu investimentos da ordem de R$ 24 milhões do Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo informes da Anvisa, embora menos frequente – chegou a 6 mil casos no Brasil em 2008 –, o melanoma apresenta os maiores índices de mortalidade entre os tumores de pele.