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Programa Coletivos de trabalho beneficia famílias da Colônia Z-3 e do MTD 

Por Divulgação 19-10-2001 | 00:00:00

   O Programa Coletivos de Trabalho tem o objetivo de promover a melhoria das condições de vida da população em vulnerabilidade econômica e social, buscando alternativas de renda através da organização da comunidade e da criação de frentes de trabalho. O programa, é uma parceria Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Pelotas e tem como entidades executoras em Pelotas as ONGs, Escola 8 de março e CAMP (Centro de Assessoria Multiprofissional).
   O grupo de trabalhadores, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), que participou de uma oficina de planejamento na última semana, procurou diagnosticar, através da metodologia aplicada pelo CAMP, as frentes de trabalho que poderão ser desenvolvidas pelo grupo. Estas frentes devem beneficiar o todo da comunidade e devem ser meios de geração de trabalho e renda. Ao total serão 50 bolsas auxílio para os trabalhadores do MTD, sendo que 30 destas pessoas são do acampamento e os demais, parte de grupos do Barro Duro, Ilha da Páscoa (Bairro Lindóia) e Fragata. Na Colônia Z-3, onde a oficina de planajemento aconteceu em agosto, as 150 famílias beneficiadas já estão na etapa de qualificação para execução das frentes, e começaram esta semana um curso de treinamento, orientados pela Escola de 8 de março. São seis turmas, divididas entre manhã, tarde sendo três turmas por turno. Segundo Renata Schlee, Coordenadora da Escola 8 de Março, na Colônia Z-3 as frentes selecionadas foram: central de coleta de lixo, destocamento da Lagoa, reurbanização da Divinéia, um coletivo de obras, um de artesanato, montagem de um restaurante típico, farmácia viva, horto comunitário, coletivo de costura, centro de recreação infantil e mais o coletivo de educação ambiental na comunidade, que seria direcionado especificamente aos pescadores. "Os coletivos de trabalho no estado tem um diferencial bastante grande, que é a questão da qualificação. Os coletivos além de gerarem renda e de proporcionarem um rompimento com esta política do desemprego primam pela qualificação e construção da cidadania", complementa Renata Schlee. O primeiro módulo dos coletivos, que trata da educação para o trabalho e cidadania, começou segunda-feira na Colônia Z-3, com uma aula inaugural para os 150 beneficiados. No primeiro módulo, é feita uma reflexão sobre a vida na comunidade, as questões relacionadas ao mundo do trabalho, ao cooperativismo e as questões de autogestão. A partir desta grande reflexão, em novembro sairão os outros módulo que são a geração de renda e qualificação profissional. No segundo módulo, o de geração de renda, os beneficiados começam a fazer os trabalhos comunitários dentro dos coletivos escolhidos e ao mesmo tempo começam a se qualificar. Durante um turno trabalham, recebendo a bolsa salário e o auxílio alimentação, e no outro turno estudam – se qualificando para estarem no programa. Os beneficiados com os coletivos de trabalho estão otimistas com a possibilidade de melhorar a qualidade de vida da suas famílias e da comunidade. Segundo o trabalhador desempregado do MTD, Solismar de Albuquerque, que integra o MTD a expectativa de que as condições de sobrevivência melhorem com os coletivos e que cada um possa compartilhar o que sabe com o grupo. Para o pescador Carlos Lasier Souza, morador da Colônia Z-3 "os coletivos serão uma grande chance para a comunidade, algo concreto, e vão servir muito para ajudar e dar mais força para a Colônia". Uma das líderes da comunidade, Margarida Batista, pensa que as frentes irão melhorar muito "realmente em época em que a safra não é boa, nós passamos por necessidades".  Os parceiros desta etapa do coletivos da Z-3 formam o Grupo Local de Gerenciamento (GLG) e segundo Renata Schlee tem um perfil interessante, "são várias instituições públicas, o que é muito importante para que se faça a interface com o que a comunidade está propondo". Além das instituições, fazem parte deste grupo, algumas ONGs, representantes da comunidade como a sub-prefeitura, o Conselho Distrital, a Escola Raphael Brusque e o Sindicato dos Pescadores. Dentro das Secretarias Municipais, fazem parte do programa a SQA, SMDE, SMDR, Seurb, SME, SMDH, SMSBE e Coordenadoria Regional do Trabalho.

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