Por Divulgação 15-01-2003 | 00:00:00
O Projeto Pelotinha desenvolvido pela Secretaria de Qualidade Ambiental(SQA), em parceria com a Escola Superior de Educação Física da UFPel, no bairro Pestano e no Centro de Atendimento Sócio Educativo Regional de Pelotas(CASE) é aprovado por crianças, adolescentes e pais. O primeiro núcleo do Projeto foi implantado em novembro do ano passado no Ginásio do Zecão, cedido pelos proprietários para sediar as atividades, acolhendo crianças do bairro Pestano e imediações, com idade entre oito e 13 anos. Às quartas-feiras ,pela manhã, os adolescentes inclusos no CASE, divididos em duas turmas, participam do Pelotinha desenvolvendo atividades recreativas, culturais e de iniciação esportiva. O secretário de Qualidade Ambiental, Alexandre Melo, diz que o Projeto tem o objetivo de estimular a que crianças e adolescentes participem de atividades lúdico-esportivas, de forma orientada, na busca da promoção da cidadania e de qualidade de vida. Melo acredita que projetos como o “Pelotinha” significam muito para as crianças e adolescentes carentes que, em sua maioria, não dispõem de espaços para práticas esportivas, de lazer e culturais. Para os adolescentes inclusos no CASE, o Projeto é muito importante. M.R.R de 18 anos, que participa das atividades, considera que os professores ensinam e explicam muito bem. J.V.S., de 17 anos, diz que as aulas e atividades são produtivas e os professores têm um bom relacionamento e são muito atenciosos. Outros três adolescentes disseram que gostariam que fossem realizadas mais aulas do Projeto, “nos distraímos e aprendemos com os professores”, completam. Os pais que levam seus filhos para participar do projeto, no Ginásio do Zecão, estão satisfeitos com as aulas e professores. Sidinei Ribeiro, que leva o filho de 11 anos e dois netos com 9 e 8 anos, diz que o projeto é fabuloso porque não deixa as crianças ociosas na época de férias do colégio, “eles não querem faltar as aulas”. De acordo com Adão Jesus Medina, pai de Robinson, de 13 anos e Jeferson de 11 anos, os filhos não querem perder as aulas por nada. “Eles gostam bastante, os professores são muito bons, aqui eles recebem apoio, fazem exercícios, participam de festas e não ficam na rua”. Os professores da ESEF que trabalham com as crianças no Ginásio do Zecão e com os adolescentes no CASE, Patrícia Chollet e Enio Andrade, destacam a aceitação do projeto nos dois locais. Em relação aos inclusos do CASE, Patrícia diz que, ao contrário do que as pessoas possam pensar, eles são fáceis de lidar, muito educados e receptivos. “Nós construímos e decidimos com eles as atividades e são poucos que não participam” relata a professora. “Procuramos trabalhar com eles, explica Andrade, a necessidade de terem responsabilidade com os materiais, noções de cidadania e cuidado com o local onde praticam as atividades. O projeto é para que eles tenham uma atividade física que contribua com o desenvolvimento, coordenação e convívio com os colegas”. O técnico em recreação do CASE, professor Luis Inácio Machado considera a participação dos adolescentes no Projeto como mais uma oportunidade de inseri-los na sociedade. Este contato com pessoas da comunidade, destaca Machado, contribui para a ressocialização e reintegração dos inclusos, serve para que pensem no futuro, sentindo-se valorizados com pessoas de fora que não trabalham na entidade. A SQA pretende estender o “Pelotinha” a outros bairros da cidade.Para isto, espera ampliar as parcerias com proprietários de Ginásios interessados em participar do projeto.