O Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa a comunidade sobre a procedência correta em relação aos carrapatos. É preciso ter cuidados específicos para evitar a infestação do parasita, e os animais com carrapato devem ser tratados sob a orientação de um médico veterinário.

Os carrapatos geralmente aparecem nos meses quentes e úmidos e se alimentam de sangue. Em Pelotas, são conhecidos como carrapatos marrons e são parasitas de cães e outros animais, como gatos, coelhos, bovinos, cavalos, morcegos e várias aves que freqüentam o solo. Sua preferência pelo cão doméstico e por certas aves facilita sua disseminação pelas regiões quentes e temperadas. Como salienta a bióloga da SMS, Anna Beatriz Chaffe, por ser uma praga comum nos cães domésticos, é fácil encontrar o carrapato nas paredes, calçadas e debaixo de móveis. Eles só atacam o homem excepcionalmente, informa.

Anna esclarece que as fêmeas, após o acasalamento que ocorre no hospedeiro, se enchem de sangue e abandonam o hospedeiro três dias depois, iniciando a colocação dos ovos no meio ambiente. Cada fêmea coloca de quatro a cinco mil ovos, que são postos sob pedras, material vegetal seco, paredes sem reboco, entre tábuas, troncos de árvores ou entulhos.

Os parasitas podem subir paredes de até quatro metros de altura à procura de um hospedeiro e podem passar de uma casa para outra escalando os muros ou através da entrada de animais estranhos no local. Nos cães, informa Anna, os carrapatos jovens fixam-se no pescoço, enquanto os adultos se localizam na parte interna das orelhas e entre os dedos, podendo ser encontrados em toda a parte do corpo.

Entre as medidas de prevenção divulgadas pela bióloga, estão: manter o ambiente limpo, manter a grama baixa, manter os animais presos no pátio e, ainda, murar o pátio se possível, evitando assim a entrada de animais estranhos. Para controlar os carrapatos nos cães, deve-se realizar banhos carrapaticidas. Em casos de altas infestações, repetir de 15 em 15 dias. Os animais de pêlos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e a umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente. Os produtos carrapaticidas devem ser usados à critério do Médico Veterinário.

A bióloga ensina como o carrapato deve ser retirado do animal, para evitar possíveis infecções. “Quando observar a presença de carrapatos nos animais, não puxe. Procure retirar com calma, de preferência usando um chumaço de algodão embebido em álcool. Coloque o chumaço em cima do carrapato e, após alguns segundos, retire o carrapato com uma pinça, evitando causar lesões na pele do animal infestado”, explica Anna.

Após a retirada não se deve amassá-los e nem deixá-los no ambiente. Sempre que possível, é preciso queimá-los, tendo o cuidado para que seja em local adequado longe de materiais inflamáveis, evitando possíveis acidentes. Em caso de alguma dúvida, é possível entrar em contato com a Vigilância Ambiental, pelo telefone 3284-7738 ou 3284-7770.

Cuidados na aplicação dos produtos carrapaticidas

Diluir conforme bula ou rótulo encontrado no produto ou mediante orientação do fabricante; Utilizar recipientes que não deverão ser reutilizados;

Fazer uso de material de proteção (luvas, máscaras e botas);
Evitar a presença de crianças, gestantes, pessoas com problemas respiratórios e animais no local;

Antes de fazer a aplicação no pátio, retirar os recipientes de alimento dos animais;

No pátio que for de cimento ou lajota, varrer bem antes da aplicação;

Evitar a aplicação em dias chuvosos e ventosos;

Aplicar na área de chão, paredes externas, canis, muros, calçadas;

Os intervalos de aplicação (dias) devem ser rigorosamente seguidos conforme indicação do fabricante do produto para um bom desempenho no controle.