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Tábua ecológica de arroz será produzida em Pelotas

Por Divulgação 24-08-2009 | 00:00:00


Uma iniciativa ecológica e inédita no Brasil foi anunciada ao prefeito Adolfo Antonio Fetter na tarde de hoje (24): a manufatura, no município, de uma tábua semelhante à madeira a partir de resinas termoplásticas e casca de arroz. Ao conhecer os planos dos empresários da recém-instituída indústria pelotense Wood Plastic Composites (WPC), o prefeito comemorou: “Vocês vão transformar um problema ambiental em solução, uma vez que a casca do arroz não degrada e, mesmo queimada, gera resíduos poluentes”.

Acompanhado dos sócios José Augusto Vaniel e Gilmar Schneider, diretores da Cerealista Polisul, empresa beneficiadora de arroz, o executivo Paulo Prestes de Souza informou o investimento de R$ 3 milhões para a primeira fase do projeto. Ao todo, garantiu ao chefe do Executivo, serão gerados 20 empregos diretos entre chão de fábrica e área administrativa. Atualmente, a Polisul já mantém mais de 100 funcionários em atividade.

Questionado por Fetter, José Vaniel explicou que a “madeira de arroz” é própria para divisórias, por exemplo, em razão da vantagem acústica, aferida por testes realizados. Além de oferecer 25 anos de garantia, a WPC assegura resistência contra cupim e maresia e aceitação de pregos e parafusos. Todas estas vantagens, recomenda o investidor, torna a “tábua de arroz” ideal para áreas externas.

Ademais, afirmou o diretor, não apresenta problema de umidade e “possui uma estética interessante bastante similar a uma lâmina de madeira ‘corrida’ ou de paredes”. Quanto à casca de cereal, os precursores do produto ecológico foram parabenizados pelo prefeito e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Mário Santos.

“Com a cultura de rizicultura na nossa região, o detrito, que seria protagonista de danos ambientais, passa a ser insumo”, acrescentou o titular da SDE. Em resumo, detalharam os empresários, a casca é incorporada na resina plástica e “extrusada” no modelo ou fôrma adequados à aplicação. “Para cada projeto de utilização das peças, cria-se um molde que se vai gabaritar, lançando mão sempre dos sistemas de calor e pressão”, esclarece Vaniel.

Os empreendedores saíram do encontro com os informes do secretário Santos de que a carta consulta da companhia – candidata aos incentivos da lei 5.100/05 – entrará em breve na Câmara Normativa de Pelotas para apreciação dos 18 membros. O passo seguinte, frisaram o prefeito e o titular da SDE, será o envio ao Legislativo a fim de criar a lei autorizativa à concessão dos benefícios.

O prédio, de acordo com Schneider, possui mil metros de área construída em anexo ao complexo adquirido, no ano 2000, do Banco do Brasil. “Fizemos ajustes na planta industrial e decidimos criar a bandeira WPC para a manufatura”, explica.

A projeção dos investidores, em divulgação ao prefeito Fetter, é o faturamento de R$ 1 milhão ao mês com o fornecimento da “madeira de arroz”, inicialmente, a construtoras, realizadores de grandes empreendimentos e setor público. “Nossos planos também incluem exportação para Europa e Estados Unidos, mercados nos quais seremos muito competitivos”, antecipa Souza.

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