“Quem luta o bom combate não morre, descansa”. Na terceira noite do Carnaval de rua de Pelotas, em que a maior parte da programação foi novamente adiada devido às chuvas, o carro alegórico trazia a homenagem da Xavabanda aos “Guerreiros Xavantes”: o ídolo da torcida Cláudio Milar, o zagueiro Régis e o treinador de goleiros Giovani Guimarães, três vítimas fatais do acidente de ônibus ocorrido no mês passado, quando o Brasil de Pelotas retornava de um amistoso em Santa Cruz do Sul. A tristeza da tragédia, no entanto, não aparecia no meio da torcida rubro-negra, que antes das 22h já estava eufórica enquanto aguardava na concentração.

“Foram vendidas mais de mil camisetas. O tempo não ajudou, mas acreditamos que pelo menos umas seiscentas pessoas vão participar do debut da Xavabanda na passarela do samba. Era um sonho nosso ter uma banda do Brasil e, como diz o estribilho do nosso samba, criado pelo Patê, agora, “o sonho se tornou realidade´”, disse Flávio Feijó, pai de Fagner Feijó, presidente da banda.

A Xavabanda foi fundada em 10 de novembro de 2007, com o objetivo claro de levar para a passarela a alegria e o famoso entusiasmo da torcida xavante, que contagia a todos ao redor. “Imaginávamos que a estréia seria de outra maneira, com mais motivos de alegria, mas quis o destino que fosse assim... O que mais uma vez comprova o que já sabemos: o Brasil pode ganhar ou perder, a torcida sempre está presente, unida”, completou Flávio Feijó. As reuniões da banda ocorrem no Navegantes II, rua Travessa 8, 118.