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Ambulantes devem ser remanejados para o Camelodromo

Por Divulgação 12-04-2002 | 00:00:00

   "Continuamos a trabalhar com o objetivo de organizar a zona central da cidade, porém a questão da instalação de ambulantes no calçadão é bem complexa. De um lado temos a política econômica do governo federal que gera cada vez mais desempregados, de outro temos a questão do espaço urbano que deve ser organizado." A declaração é do secretário de Planejamento Urbano, Antônio Soler, sobre a situação dos camelôs do centro da cidade.
   De acordo com dados da Secretaria de Planejamento Urbano (Seurb), o espaço do camelódromo – na Praça XX de Setembro, em frente à CEEE – está sendo administrado por uma associação de ambulantes que ali se instalou. "Aquele espaço é público, mas sua administração é privada desde o governo passado. Nesta época a Prefeitura deixou de ter controle sobre a situação, e estamos tentando estabelecer um diálogo com a administração do camelódromo para que possamos tornar aquele espaço público novamente", afirma Soler, que atribui a este fato a demora na conclusão do processo de regularização da situação dos ambulantes do calçadão.
   O problema maior, conforme o secretário, é a questão social. Soler pondera que não há como se retirar simplesmente os ambulantes do calçadão sem que exista uma outra alternativa. "Estas pessoas estão ali porque não encontraram colocação no mercado formal de trabalho. São desempregados que precisam desta atividade para sua subsistência. Enquanto não houver uma política econômica de inclusão social, existirão os camelôs, em todas as médias e grandes cidades do Brasil."
   O chamado camelódromo, avalia Soler, foi tomado, à época de sua criação, de forma desordenada, o que permitiu que fosse, então, administrado por particulares. "Queremos remanejar os ambulantes do calçadão para lá, mas estamos encontrando dificuldades neste ponto". A reorganização do local é um projeto traçado entre Seurb e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SMDE), que criam alternativas para a demanda e para o problema do desemprego na cidade.
   Um dos principais pontos destacados por Soler com relação aos camelôs do centro da cidade é a relação pacífica entre eles e a Prefeitura: "não estamos invadindo o calçadão, autuando, apreendendo mercadoria indiscriminadamente, destruindo bancas e agredindo as pessoas. Todo mundo precisa trabalhar. Não adianta criar uma superestrutura de fiscalização se a economia do país está imersa no caos total e cada vez menos empregos estão disponíveis no mercado formal".

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