Por Divulgação 17-09-2002 | 00:00:00
Na edição de hoje(18) do projeto “É conversando que a gente se entende”, da Secretaria de Cultura, sempre às 18h, no foyer do Theatro Sete de Abril, será abordado o tema: “Conheciam os gregos a homossexualidade ?”. O assunto será tratado pelo professor do instituto de Ciência Humanas da UFPel, Fábio Vergara Cerqueira. Segundo ele, será colocado em análise se o senso comum moderno quando pensa na Grécia antiga, costuma associá-la não somente a feitos notáveis e dignos de orgulho por parte da civilização ocidental como a democracia e a ciência, mas também a comportamentos por muito tempo considerados condenáveis, nomeadamente a homossexualidade. Rechaçada pela sociedade vitoriana oitocentista como “o amor que não ousa dizer o nome”, e idealizada como paradigma libertador pelo movimento gay nas últimas décadas, a sexualidade grega antiga precisa ser estudada, na opinião do professor, com isenção e sem preconceito. “Entre a idealização e a condenação, o historiador deve optar por estudar a sexualidade não como comportamento natural, mas como um campo culturalmente construído por meio de comportamentos e afetos intersubjetivos”, avalia ele. O projeto “É conversando que a gente se entende”, é desenvolvido sempre às quartas-feiras com entrada é franca e direito a certificado.