Animais em situação de rua, abandonados em locais atingidos pelos alagamentos, foram recebidos ao longo dos últimos dias no abrigo da Prefeitura montado na Associação Rural de Pelotas (ARP). Atualmente, em razão da lotação do espaço, o centro de acolhimento recebe apenas animais resgatados pelas forças de segurança. Desde o início da mobilização, o local já conta com 332 cães e 137 animais de grande porte, sendo 108 equinos e 29 suínos. A prefeita Paula Mascarenhas acompanhou, nesta terça-feira (14), os trabalhos desenvolvidos pelas equipes do Município e pelo efetivo de voluntários.

Mais de 300 cães já foram abrigados no local. Fotos: Rodrigo Chagas

“Viemos aqui, mais uma vez, acompanhar os trabalhos desse grande centro de acolhimento de cães vítimas da enchente. Fiquei muito feliz em ver como está organizado e bem estruturado o trabalho que é realizado aqui, onde, além dos cães, tem recebido também cavalos e porcos. Contando as nossas equipes e a grande turma de voluntários, temos muita gente trabalhando no acolhimento desses animais. Acredito que é um momento importante de virada de chave, que nos proporciona uma compreensão, ainda mais ampla, da importância do bem-estar animal”, destacou Paula.

Com quatro pavilhões já estruturados, as equipes realizam o trabalho de triagem de todos os animais que chegam ao abrigo. Antes de serem direcionados para as baias, tanto os cães quanto os animais de grande porte passam por filtro clínico, recebendo identificação e atendimento veterinário. Um quinto pavilhão já entrou em fase de finalização e deve, nos próximos dias, ampliar a capacidade do abrigo com a construção de novas baias, todas com espaço adequado para receber de um até três cães.

Além dos cuidados alimentícios e recreativos, como passeios diários com os cães abrigados, o local dispõe, ainda, de atendimentos ambulatoriais de equipes do Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFPel no Castramóvel, que também se encontra em atuação junto ao abrigo.

Uma estrutura especializada começa a ser montada para o acolhimento de gatos com esporotricose. Por se tratar de uma doença zoonótica, transmissível de animais para humanos, o local ganha atenção especial no que se refere ao isolamento e deve ser aberto, oficialmente, ao longo desta semana.