Estudantes da Escola Municipal Dr. Balbino Mascarenhas e integrantes da Guarda Mirim tiveram uma tarde educativa e bem divertida. De maneira lúdica, por meio de uma peça teatral, as crianças aprenderam noções de tratamento do lixo, materiais recicláveis e conheceram muitos brinquedos que, com um pouco de criatividade e imaginação, podem ser confeccionados a partir destes resíduos que, em geral, são jogados fora. “Clara e Vira – cadê o lixo que tava aqui?” foi apresentada nesta terça-feira (16), no auditório do Instituto Federal Sul-riograndense (IFSul), por uma iniciativa da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA). Sob a direção do portoalegrense Camilo de Lélis (saiba mais abaixo), a montagem da Estação Partida Produções mistura fantoches e atores, que dão um show de agilidade e resistência física. Quatro profissionais do teatro dão vida a diversos personagens: Fernanda Santos faz a pequena Clara, fascinada e totalmente envolvida com o boneco Vira, interpretado por Plínio Marcos Rodrigues, que ensina à menina muitas questões sobre reciclagem (ele também interpreta o gari português); Elisa Lucas faz a criançada rir como a engraçadíssima Dona Malagueta, cuja movimentação e figurino lembram uma galinha; Rafael Franskowiak interpreta o garoto Bergamota, Dom Oliva e o dono da carroça de coleta de material reciclável. Ao longo do espetáculo, são mostrados diversos brinquedos que podem ser feitos a partir do lixo, tais como telefone sem fio; vai-e-vem; cataventos; chocalho; tambor; malabares; luneta, entre outros. A peça, que teve o prêmio Funarte de Dramaturgia, tem patrocínio da Sulgás, através da Lei de Incentivo à Cultura. Pela manhã, outras escolas assistiram o espetáculo gratuito. Sobre o diretor Fundador, nos anos 80, da Face e Carretos, Camilo de Lélis é reconhecido como um “inquietante diretor”, que costuma apostar em novos projetos. Teve diversas montagens premiadas, tais como o Ferreiro e a Morte; Merhda; Presidentas; e Macário, o Afortunado. Mais recentemente dirigiu Milkshakespeare (2010), Exercício Sobre a Cegueira (2011) e Landell de Moura – o incrível padre inventor (2012). Há anos também é responsável pela direção artística e geral da encenação da Paixão de Cristo, no Morro da Cruz.