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Prefeito e assessor da Presidência debatem modais de transporte

Por Divulgação 05-01-2011 | 00:00:00

O prefeito Adolfo Antonio Fetter, em audiência na manhã de hoje (4) com o assessor da Secretaria Especial de Portos (SEP) da Presidência da República, João Affonso Dêntice, destacou a promulgação da Lei 13.602, que autoriza a transferência da direção do Porto de Pelotas para a Superintendência do Porto de Rio Grande (SUPRG). A legislação, sancionada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Giovani Cherini (PDT), nesta segunda-feira (3), também foi recebida com muita satisfação pela deputada Leila Fetter (PP), que esteve à frente da mobilização no parlamento estadual. Em pronunciamento nesta semana sobre a vitória de toda a Zona Sul, a parlamentar salientou as vantagens com a vinculação dos cais comerciais. “A aproximação geográfica entre os dois portos facilita o gerenciamento e a logística, ao mesmo tempo em que gera oportunidades de investimentos federais e maior atração de cargas para o Porto de Pelotas”, frisou Leila. Sobre essa conquista, o prefeito salientou, em seu gabinete, o engajamento de representantes de diversos setores da sociedade em favor da mudança do comando do cais local da Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) para a SUPRG. “O grande movimento dos trabalhadores dos portos, das lideranças empresariais de toda a Zona Sul, do Executivo estadual com a apresentação do projeto de lei, dos parlamentares e do governo municipal de Pelotas traduziu a importância da reivindicação formalizada em janeiro de 2009”, relembrou Fetter. Na avaliação de Dêntice, que também preside, em seu segundo mandato consecutivo, o Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Pelotas (CAP), faz-se necessária a continuidade das forças políticas de Pelotas e região. Aproveitando a visita ao chefe do Executivo de Pelotas, o assessor da SEP abordou dois temas de grande interesse ao crescimento econômico da Zona Sul: o desenvolvimento da Hidrovia do Mercosul e a instituição de uma ligação ferroviária entre Pelotas e Rio Grande. “Em reunião com o então ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, tratei de ambos os empreendimentos para pleitear recursos e apoio às iniciativas”, relatou ao prefeito. Entre as articulações de Dêntice no âmbito federal para consolidação do modal hidroviário, destaca-se a apresentação feita em 2010 à presidente Dilma Rousseff, que desempenhava a função de Ministra da Casa Civil. “Levado ao conhecimento do presidente Lula, o projeto foi incluído no PAC 2”, informa o presidente do CAP. A ligação do Uruguai, pela Lagoa Mirim, ao São Gonçalo e à Laguna dos Patos consiste num empreendimento orçado em R$ 230 milhões. No entender do prefeito, a reivindicação de instaurar a sede física da hidrovia em Pelotas é justa, já que o Município está em posição estratégica, ou seja, entre os pontos de partida e destino. “Além dessa vantagem, o porto local será complementar ao de Rio Grande, com a nova administração, o que facilitará a saída das cargas, por exemplo, de madeira e arroz para outros estados e países”, antevê Fetter, mencionando Santa Vitória do Palmar e São Lourenço do Sul como cidades beneficiárias potenciais. O assessor da Secretaria Especial de Portos justifica o pleito de implantar a matriz em Pelotas não só pelo fato da concepção do projeto nos moldes atuais ter sido desenvolvido e conduzido pela Universidade Federal de Pelotas. “A UFPel é a instituição responsável também pela Agência de Desenvolvimento da Lagoa Mirim, pela manutenção e operação da eclusa dela e pela Sede do Centro de Integração do Mercosul“, argumentou Dêntice ao ministro dos Transportes e ao prefeito Fetter. Segundo ele, as tratativas no Executivo federal sinalizam uma configuração política favorável na Esplanada dos Ministérios, que poderá dar continuidade às negociações de 2010 e efetivar os projetos em andamento. Com décadas de trânsito na instância federal, Dêntice deu os informes, na reunião de hoje, a Fetter acerca da solicitação, ao ministro Passos, do estudo da possibilidade de alocação de recursos para firmar um novo Termo de Cooperação com a Universidade Federal de Santa Catarina com o fim de atualizar o levantamento sobre a viabilidade da ferrovia Pelotas-Rio Grande. Em nome dos prefeitos de Pelotas, de Rio Grande, Fábio Branco, e do Capão do Leão, João Quevedo, o assessor reforçou também, pessoalmente, a proposta do trecho ferroviário discutida, em 2007, com o diretor de Ferrovias da Secretaria de Política Nacional de Transportes (SPNT), Afonso Carneiro. A equipe da SPNT vem desenvolvendo pesquisas das exequibilidades técnico-econômica, socioambiental e jurídico-legal tendo em vista a implantação, em caráter regular, do Trem Regional de Passageiros entre Pelotas e Rio Grande. “O planejamento inclui o Capão do Leão e o balneário do Cassino”, acrescentou Dêntice. Desta forma, concluiu em visita ao prefeito, a ferrovia passaria a ter não somente um caráter regional, mas também um interesse educacional e turístico com a conexão dos dois maiores campi universitários da região Sul. De acordo com gestor-chefe da Prefeitura, em se tratando de redução de custos, capacidade e agilidade, o modal ferroviário tem boas perspectivas de firmar-se como meio de locomoção alternativo bastante competitivo. “Com a instalação de várias companhias do polo naval, em razão da localização geográfica de Pelotas e do potencial de mão-de-obra especializada, haverá demanda para o projeto”, estima o prefeito.

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