A Prefeitura Municipal de Pelotas promoveu, nos últimos dias, mais duas etapas de formação continuada para os professores da rede municipal. As capacitações, organizadas pela Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), envolveram 81 profissionais da Educação para atuação em sala de aula com conhecimentos sobre tecnologias e inovações acerca da Cibercultura e da Robótica.

Capacitações em computação para professores. Foto: divulgação SMED

Na sexta-feira (25), as capacitações foram voltadas ao ensino da Introdução à Computação na educação básica, com a abordagem do eixo Cultura Digital. O encontro foi presencial, no Pelotas Parque Tecnológico, sendo realizado por meio da Diretoria Pedagógica e do Centro Tecnológico Educacional de Pelotas (Cetep). A formação continuada teve como proposta pontual a qualificação de 60 professores que ministram o componente curricular Introdução à Computação, que integram a parte diversificada da nova matriz curricular da rede de ensino que foi implantada em 2023.  

A coordenadora geral do Cetep, Adriane Esperança, e as coordenadoras pedagógicas Cris Elena Padilha e Letícia Fonseca da Silva, destacam a importância de abordar esse eixo, tendo em vista o potencial das tecnologias digitais no auxílio do desenvolvimento de processos de aprendizagem. "O trabalho desenvolvido pelos professores que atuam nesse componente curricular é fundamental, pois por meio dele os alunos podem consolidar habilidades que contribuem para o aprendizado de outras áreas do conhecimento", reiterou Adriane.

 A palestra principal foi ministrada pelos professores da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), professor doutor Tiago Dziekaniak, doutor em Educação pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela professora doutora Débora Laurino, doutora em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e pelo professor doutor Daniel Silveira, doutor em Educação em Ciências pela Furg, sendo os três integrantes do corpo docente do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da Furg. Junto com eles, também partilhou seus conhecimentos a mestranda, professora Letícia Alaice. Todos contribuíram com suas experiências acerca da temática, Um conversar sobre o educar na cibercultura, apresentando e discutindo com os nossos professores as diversas possibilidades de atividades voltadas ao desenvolvimento das habilidades descritas na BNCC ligadas à Cultura Digital, fazendo uma reflexão sobre educar na educação básica no Ciberespaço em tempos de Cibercultura e Metaverso.

Capacitação docente para os Clubes de Robótica

Na semana anterior, o Centro Tecnológico Educacional de Pelotas-Cetep/Smed proporcionou a Oficina Explorando a Criatividade com o Arduíno, que faz parte de uma série de formações que o Centro tem oferecido aos 21 professores, líderes dos Clubes de Robótica e Computação Criativa das escolas da rede municipal de ensino de Pelotas. 

Capacitações em robótica. Fotos: divulgação SMED

Arduíno é uma espécie de placa de prototipagem eletrônica para a criação de projetos de automação. A oficina foi realizada pela coordenadora pedagógica do Cetep/Smed, professora das redes municipal e estadual de ensino, mestre em Educação Matemática e doutoranda em Computação e, também, atuante como líder do Clube de Robótica de Computação Criativa do Colégio Municipal Pelotense, Cris Elena Padilha da Silva.

O objetivo da oficina foi conhecer melhor os materiais que as escolas receberam no Kit de robótica, em julho deste ano e, de forma colaborativa, colocar a mão na massa. Os professores tiveram a oportunidade de montar um carrinho e conhecer um pouco mais sobre os componentes eletrônicos, de forma a montar circuitos e programar códigos na placa de arduíno que, com a ajuda de motores, fariam o carrinho se mover. A ideia é que os professores possam levar esses conhecimentos para seus Clubes e, a partir da criatividade de cada um, se concretizem importantes projetos de inovação. 

Segundo a coordenadora do projeto, Cris Elena Padilha, esse tipo de atividade, mão na massa, incentiva professores e alunos para ideias criativas, provocando-os a pensar em outros materiais que também podem ser usados em projetos inovadores que possam ser reconhecidos e oferecidos, futuramente, para as demandas da sociedade moderna. “Com o uso dos recursos, nós, professores, estamos plantando apenas uma sementinha. Amanhã ou depois, os alunos estarão mais preparados para o mercado de trabalho que será tão desafiador em relação aos conhecimentos tecnológicos”, ressaltou.