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Tuberculose tem cura, mas deve ser tratada

Por Divulgação 18-10-2012 | 00:00:00

O Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alerta a população pelotense para que, em caso de tosse prolongada, de mais de três semanas, o paciente se dirija à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para fazer o exame de escarro (catarro), que atesta se a pessoa está ou não com tuberculose. “Caso o resultado dê positivo, não há por que entrar em pânico: a tuberculose tem cura, desde que o paciente siga o tratamento diário, que dura seis meses, até o final”, esclarece a assistente social e pneumologista sanitária responsável pelo PMCT/SMS, Jozane Sedrez. Os medicamentos por via oral são disponibilizados pela rede pública de saúde. “Quando bem realizado, costuma ter excelentes resultados”, garante a pneumologista sanitária. Pelotas faz parte dos 315 municípios prioritários do Brasil na atenção à tuberculose. Estatísticas apontam que, no Município, a doença acomete mais as pessoas do sexo masculino e na idade considerada produtiva (em que as pessoas trabalham), a maioria é alfabetizada, com o Ensino Fundamental incompleto, e da raça branca. No ano de 2008, Pelotas teve percentual de cura de 92%; em 2009, 93,1%; em 2010, 88,3%; e em 2011, 88% (fonte SMS/Sinan/2012). Quanto aos óbitos, o Programa informa que o número não chega a ser significativo. Em 2008 foram 109 casos de tuberculose pulmonar e 29 casos de extrapulmonar, totalizando 138 ocorrências; em 2009 foram 143 casos de tuberculose pulmonar e 31 casos de extrapulmonar, em um total de 174 caos; em 2010 foram 108 casos de tuberculose pulmonar e 26 de extrapulmonar, totalizando 132; e em 2011 foram registrados 122 casos de tuberculose pulmonar e 42 casos de extrapulmonar, em um total de 164. Se os números gerais não são alarmantes, por outro lado, aumentou a percentagem de pessoas que abandonam o tratamento da doença antes de concluí-lo. Se em 2009 o percentual de abandono do tratamento estava dentro da meta, 5%, em 2010 aumentou para 10,3% e em 2011 para 12%. Na opinião de Jozane Sedrez, isso se deve ao fato de moradores de rua, alcoolistas, drogaditos, pessoas mal alimentadas e que vivem em situação de miséria - portanto mais vulneráveis e mais suscetíveis a terem a doença - desistirem do tratamento diário, de 6 meses. Ela diz que, embora o PMCT se empenhe na procura desses pacientes, há muita resistência por parte deles, que acabam por parar a medicação devido à adição ao álcool ou outras drogas, além de que seus familiares, na grande maioria, são também comprometidos. Para divulgar as informações e atrair também a atenção das crianças, a Prefeitura confeccionou uma revistinha com história em quadrinhos protagonizada pelo personagem Libório e sua esposa Jurema, criações do cartunista pelotense André Macedo, contrato para o trabalho. O material educativo está disponível nas UBSs, é distribuído nos eventos de saúde e nas capacitações específicas sobre tuberculose com alunos da rede pública e universidades. Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas nas UBSs ou pelo telefone 3284-7700, com Jozane Sedrez. Saiba mais: Pessoas debilitadas, portadores de AIDS ou outras condições que reduzam a imunidade, como diabetes, pessoas que fazem uso prolongado de corticóides, má alimentação, doentes renais crônicos, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica também favorecem o estabelecimento da doença. Em geral, os usuários de drogas são o grupo que menos adere e, portanto, não completa o tratamento, necessitando de atenção redobrada das equipes de saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil ocupa o 19º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, anualmente são notificados, no Brasil cerca de 83 mil casos de tuberculose, sendo que, destes, 72 mil casos são novos. Embora a incidência da tuberculose esteja diminuindo 3% ao ano e a mortalidade também, ainda morre cerca de 4.500 pessoas por ano no Brasil a cada ano, sendo considerada doença de grande magnitude.

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