A Prefeitura e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) firmaram, nesta sexta-feira (2), em ato no Salão Nobre do Paço Municipal, uma pactuação que garante a implementação do programa Andorinha: Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação. A iniciativa busca, essencialmente, a inserção de jovens e adolescentes no ambiente universitário, a partir da aproximação com cursos, laboratórios e pesquisas.

Programa foi oficializado pela prefeitura e UFPel. Fotos: Gustavo Vara.

Após formalizar a parceria, a prefeita Paula Mascarenhas falou sobre a necessidade de cada vez mais aproximar o conhecimento e a produção científica acadêmica da comunidade, especialmente dos jovens e adolescentes. "O programa Andorinha é o início de um relacionamento muito saudável e produtivo, que vai acontecer porque, na educação, as coisas se multiplicam. Essa iniciativa vai reunir diferentes áreas e contribuir muito, principalmente diante dos desafios que a pandemia nos impôs, com as crianças ficando dois anos fora da sala de aula e tendo um desenvolvimento muito desigual, e sobrecarregando os professores que tiveram que se reinventar", observou Paula. Ela também considera a proposta de estímulo aos jovens como parte do novo foco da gestão municipal, que será o Pacto Pelotas para as Crianças, e convidou a UFPel a ingressar nessa nova política pública.

Para a vice-reitora da UFPel, Úrsula Rosa da Silva, a ideia central é despertar nos estudantes, desde cedo, o olhar para a universidade como um projeto de vida, uma perspectiva de formação profissional e pessoal. "Essas ações buscam a integração dos estudantes, na medida que eles vão participar de atividades indo à Universidade, interagindo com os espaços acadêmicos, os laboratórios, como também a promoção de oficinas nas escolas para estudantes e professores, de forma contínua e integrada às rotinas escolares", afirmou Úrsula.

Por meio de atividades do programa Andorinha, voltadas a estreitar o relacionamento entre a rede pública de ensino e a universidade, serão trabalhados, ainda, diferentes temas, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), consolidando ações para a questão da água, hortas urbanas e projetos de estímulo à economia criativa.

O programa

O nome Andorinha faz alusão a uma conhecida expressão popular e remete à necessidade de mais uma andorinha para “fazer verão”, ou seja, que as escolas e universidades desenvolvam ações conjuntas para transformar a educação do país. No primeiro momento, o programa Andorinha vai envolver cerca de 2.300 alunos e 380 professores de 75 escolas da rede municipal. De acordo com a secretária de Educação e Desporto, Adriane Silveira, "É uma forma de oxigenar as nossas escolas a partir dessa interação, do estímulo e do interesse pela produção acadêmica". 

Inicialmente, 20 projetos serão desenvolvidos até o final do ano, integrando o programa Andorinha. Saiba quais são: 

- Exibindo Cinema na Escola: curadoria, diversidade, e cinema brasileiro;

- Rede colabora – fase III;

- Desdobrando Dança;

- Produção de Vídeo Estudantil;

- Núcleo de teatro UFPel – teatro e poesia: jogo e performance na escola;

- Hortas Urbanas: projeto de sustentabilidade para a comunidade;

- Educação ambiental e sustentabilidade;

- Matemática na escola;

- Divulgação de popularização das geociências;

- Projeto Arte na Escola

- Festival Internacional de Folclore e Artes Populares de Pelotas (Fifap);

- Oficina ser professor nos dias de hoje;

- Oficina de Literatura, Teatro, Dobraduras e Alfabetização;

- Atividades com Tangram nos anos iniciais;

- Atividades Lúdicas com Frac soma (projeto Jornadas Multilinguagens);

- Oficina de Contação de Lendas Folclóricas;

- Oficina as quatro operações nos anos iniciais;

- Escola de Jovens e Adultos (EJA) Anos Iniciais;

- Vem Ser Pelotas; e,

- Museu Virtual Afro-Brasil-Sul.