Por Divulgação 25-05-2010 | 00:00:00
Nesta quarta-feira (26), a partir das 18h, a comunidade pelotense reencontra os melhores talentos das artes cênicas por intermédio do início das edições 2010 do Projeto Cena Literária. Neste ano, o projeto traz como grande novidade a descentralização dos espetáculos, pois além do Bistrô da Secult, as apresentações acontecerão em outros locais da cidade, possibilitando uma diversificação de público e a democratização da arte teatral.
Nesta primeira apresentação, o espaço do Bistrô será ocupado pela arte da Cia Pelotense de Repertório que apresentará o esquete denominado “Esperando o Metrô”. A Cia Pelotense de Repertório é formada por Joice Lima (premiada no Festival de Esquetes de São Leopoldo/RS como Melhor Atriz), Flávio Dornelles, Márcia Monks, Raquel Franz, Maureen Montovani, Lívia Soares, Edson Lopes e Tecy, além da participação de convidados e se constitui em uma comédia criada a partir da tradução para o português e adaptação de Joice Lima do esquete da espanhola Paloma Pedrero. Trata-se de um jovem pedreiro (interpretado por Alê Ayres), simples, tranqüilo e uma quarentona bem-sucedida profissionalmente, “certinha” e neurótica que, acidentalmente, ficam presos, tarde da noite, em uma estação de metrô. O que pode ocorrer quando duas pessoas aparentemente tão diferentes se encontram em uma situação inusitada? A apresentação do esquete acontece às 18h30 e tem entrada franca.
No dia 28 (sexta-feira), acontece a primeira edição descentralizada do Projeto, que terá por local as dependências da Escola Estadual Dr. Franklin Olivé Leite, localizada à Rua Ernani Osmar Blaas s/n, na Cohab Lindóia. A apresentação tem início às 10h30 e traz todo o talento e tradição do mais antigo grupo de teatro de Pelotas: o TEP, patrimônio cultural pelotense, apresentando o esquete denominado “A terceira margem do rio”.
O Teatro Escola de Pelotas fez sua estréia no cenário artístico em 1914, á época denominado Grupo Cênico da União Pelotense. A denominação Teatro Escola de Pelotas (TEP) só veio em 1946, inaugurando uma nova fase da existência do grupo. “A terceira margem do rio”, da obra Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, é narrado em primeira pessoa e é o famoso e o mais aberto conto do autor. Desde o título, o espectador já depara com o insólito da obra rosiana: o que vem a ser a terceira margem do rio? A terceira margem é aquilo que não se vê, que não se toca, que não se conhece. Todos esses recursos permitem o acesso ao mundo do “encantatório”, ao mundo do desconhecido, da terceira margem, que só poderia ser recriado por uma linguagem também recriada e nova, capaz de refletir todo o deslumbramento desse universo.