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Sociedade busca desconstruir a homofobia

Por Divulgação 17-05-2017 | 00:00:00

Foi aberta, na manhã desta quarta-feira (17), Dia de Combate à Homo-lesbo-transfobia, no Salão Nobre do Paço Municipal, o 1º Encontro da Diversidade: Desconstruindo a Homofobia. Representantes da Prefeitura de Pelotas, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), universidades, militantes dos direitos humanos e de movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) discutiram ações legais e sociais para combater a violência e a discriminação que gera insegurança, estigmatização, segregação e isolamento. Promovido pela Coordenação LGBT da Secretaria de Saúde (SMS), a primeira parte do encontro contou com a união de profissionais que analisam a homofobia em termos jurídicos, sociais e educacionais, e a população homoafetiva e suas famílias, que enfrentam a discriminação. A secretária de Governo, Clotilde Victória, lembrou casos históricos de preconceitos e a limitação que eles impõem à autonomia do ser humano, diminuindo sua liberdade. “Ao longo da história as mais graves violações de direitos humanos tiveram como fundamento a dicotomia do eu versus o outro, em que a diversidade era entendida como elemento para aniquilar direitos. A diferença era tão somente visibilizada para conceber o outro como um ser descartável, como nas violações e crueldade da escravidão, do nazismo, do sexismo, do racismo, da homofobia e de outras práticas de intolerância”, analisou. Entre os depoimentos destacaram-se a da técnica de enfermagem da SMS, Marcelle Oliveira, e das irmãs de Brenda Lee, travesti assassinada em dezembro de 2015. Marcelle lembrou que o Brasil é o país que mais mata homossexuais, onde a idade média de transexuais e travestis é 35 anos, e que cerca de 90% deles vive da prostituição, pois não encontram alternativas. Os depoimentos das irmãs de Brenda, fizeram todos pensarem. Nara Beatriz e Patrícia Duarte Nunes contam que a história de luta do irmão contra o preconceito e a violência iniciou cedo, dentro de casa, com o próprio pai; e na escola, onde a professora chamou a mãe quando Rogério tinha apenas oito anos e disse que ela precisava tomar cuidado, pois ele não era “normal”. Com 16 ou 17 anos ele assume sua orientação sexual e enfrenta a sociedade homofóbica. Na faculdade de psicologia, pouco antes de morrer, ouviu da professora que não tinha condições de ser psicólogo por não ser “bem definido”. Patrícia é professora e diz que com a experiência que teve em casa consegue trabalhar o tema com os alunos, incentivando o respeito entre eles e até mesmo ajudando os que querem contar às famílias sobre sua orientação sexual. Também participaram da discussão a secretária da Saúde, Ana Costa; representante da OAB, Gregori Dalgais da Cunha; reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Curi Hallal; representante da ONG Gesto, Maiquel Fouchy; representante da ONG Vale a Vida, Juju Machado; representante da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Daniel Botelho; e integrantes de secretarias municipais e de movimentos LGBT. As atividades continuam, à tarde, no Pátio 1 do Mercado Central. Confira a programação: 14h30min – Marcia Monks – Vivência da Mulher Trans em Pelotas 15h30min – Diego Carvalho – Vencendo o preconceito através da educação  16h30min – Aline Crochemore Hillal de Maicá e Raquel Nebel Moraes – Suporte social à população LGBTT  Encerramento: Shows Artísticos com drag queens, por volta das 17h: Abigail Foster (Gesgiscan Pereira), Lorena Drag (Lier Neves), Sky (Elvis Antunes) e Madivah Vuitton (Bruno Carvalho).      Atividades paralelas: -Distribuição de flyers no local; -Realização de testes rápidos: HIV/Sífilis/Hepatite B; -Realização do cartão SUS, com nome social; -Urna para sugestões/reclamações; -Mural de Superação.

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